quinta-feira, 2 de maio de 2013

O suicida na religião!

A inspiração para este devocional frutificou por causa covardia de enfrentar os problemas conhecidos e coragem de enfrentar os novos problemas que virão.
O suicida poderia obrigatoriamente ser cético, se um suicida fosse religioso dificilmente se mataria, pois acreditaria que o algo ainda estaria por vir.
O problema é que, por mais que se acredite em uma coisa, sempre vai ser crença, porém só a bíblia tem provas do “depois”.
Então, sem mais delongas, vamos ao que interessa: A visão de algumas religiões a respeito do suicídio.

·         Religiões cristãs e judaísmo:

Essas duas religiões condenam totalmente o suicida e é crime espiritual sem salvação.
No judaísmo o suicídio é um crime dirigido a Deus por que este ato faz com que o homem se declare senhor de sua própria vida. 
O suicida não é nem enterrado de acordo com ritual utilizado normalmente ("Kaddish") e é enterrado longe dos demais.
No cristianismo a alma do suicida vai direto para o inferno sem escalas e fica a disposição de satanás

·         Budismo:

Sem entrar muito na descrição da religião (deixo para outra oportunidade), digamos que não existe um Deus ou deuses no budismo. O que vale é a iluminação espiritual de cada indivíduo.
 Buda não foi um deus e sim um humano que atingiu a máxima iluminação. Mesmo não havendo um ser supremo, a alma humana é muito valorizada. Então vamos para o suicida.

No budismo o que vale é o motivo do suicídio. Se for um motivo honrado e a pessoa partiu sem mágoas ou ressentimentos, seu espírito está tranqüilo e poderá ir para a anrakukoku (Terra pura... onde os budistas esperam ir depois da morte)

Já que uma morte com honra é válida, os budistas ficaram conhecidos na história das guerras por seus atos.
Os suicidas vietnamitas e os Kamikazes japoneses durante as guerras e a cerimônia do 
seppuku (cerimônia suicida) dos samurais foram consideradas mortes honradas e sem penalidades para a alma dos indivíduos.


·         Candomblé:

Antes de falar do destino do suicida, precisamos conhecer um pouco de Exu.
O Exu é um Orixá (semelhante a um Deus) do candomblé. Ele é guardião entre os mundos material e espiritual. 
É o único orixá que poder caminhar entre esses mundos e, por isso mesmo, acaba sendo um mensageiro, levando os pedidos dos homens para outros orixás.
Suas cores são o vermelho e o preto e seu elemento é o fogo. Como o candomblé é muito parecido com a religião voodu (explanado no texto anterior do blag) também não existe uma separação efetiva do bem e do mal. O Exu lembra um pouco o Barão Samedi. Ele é que faz o trabalho sujo. Suas características acabaram o aproximando no sincretismo religioso com o diabo (erroneamente... é claro).
Então vamos para o Suicida... Após a morte, o suicida se reúne a outros mortos no séqüito de Exu.
 Assassinados, suicidas e pessoas que não foram muito boas em vida acabam no mesmo barco. 
Obrigatoriamente ficam unidos ao Exu por sete anos, vagando pelo mundo e ajudando em suas ações.

·         Islamismo:

Em tempos de terrorismo crescente no mundo o islamismo acabou ficando com uma marca negativa devido a 
atos isolados justamente de suicidas.

O Islamismo puro não é a favor do suicídio e o condena.

O problema é que existem as “brechas na lei”. Só dando um exemplo de outra religião sobre essas “brechas”,  o catolicismo deixa bem claro em seus mandamentos o “não matarás”. Mas durante as cruzadas os soldados matavam, estupravam, roubavam e torturavam... Estavam, porém cobertos espiritualmente por uma Bula Papal que os absolvia por antecipação de todos os pecados cometidos durante a missão da igreja!

Voltando ao islamismo, o líder religioso tem o poder de absolver previamente os pecados cometidos pelos fiéis em função da religião. Numa guerra santa, se o suicida comete tal ato para matar infiéis, ele provavelmente será recompensado na outra vida. Mas o suicídio cometido como fuga de problemas mundanos é altamente condenado e o suicida provavelmente queimará durante a eternidade no mármore do inferno.

·         Espiritismo:

Para o espírita não existe necessariamente Céu e inferno. O que vale é a evolução da alma durante as diversas encarnações. Quando um indivíduo se mata, interrompe seu processo de evolução...Afinal, os problemas terrenos existem para que, ao enfrentá-los, o indivíduo se desenvolva.

“O suicida é qual o prisioneiro que se evade da prisão, antes de cumprida a pena; quando preso de novo, é mais severamente tratado.”
Para o espírita, a alma do suicida não está condenada eternamente... Sua alma, no entanto, tem sua evolução comprometida por um tempo indefinido.

Uma alma que desencarna antes da hora fica perdida em sua própria consciência e precisa de muita ajuda
para retornar ao caminho da evolução.

·         Seitas diversas com suicídio coletivo:

Em 73 D.C., comandados por Eleazar Ben Yair, cerca de 960 zelotes judeus - homens, mulheres, inclusive crianças e anciãos - se mataram dentro de uma fortaleza construída no alto de uma rocha chamada Massada, região de Israel, para que o grupo revolucionário não fosse capturado pelo exército romano, ficando vivas somente duas mulheres e cinco crianças para contar a história.

Em 18 de novembro de 1978 , em Jonestow, uma aldeia no meio da selva da Guiana, mais de 900 pessoas morreram ao ingerir uma mistura de suco de laranja com cianureto. Os que se recusaram a beber o veneno foram assassinados. Este suicídio associado ao fanatismo religioso foi obra do pastor americano Jim Jones e sua seita, o Templo do Povo. O cadáver de Jim Jones foi encontrado ao pé de sua cadeira com um tiro na cabeça. A autópsia mostrou que não bebera o veneno. Foram contadas 275 crianças e 12 bebês entre os mortos.

Em setembro de 1985, nas Filipinas, a sacerdotisa suprema Mangay Anon Butaog matou seus fiéis com formicida para que todos vissem "a imagem de Deus".

Em 29 de agosto de 1987, na cidade de Yongin, Coréia do Sul, a sul-coreana Park Soon Ja, conhecida como 
"mãe benevolente" realizou um ritual macabro onde morreram 28 mulheres e quatro homens.

Em abril de 1993, em Waco, Texas, sudoeste dos EUA, um incêndio provocado pelos fiéis da seita Ramo 
Davidiano (dissidentes da Igreja Adventista do Sétimo Dia, separados dela desde 1934) destruiu o Rancho do 
Apocalipse, sede do culto liderado por Vernon Howell, que se intitulava a reencarnação de Cristo. 
Morreram mais de 80 pessoas, inclusive crianças, escapando nove fiéis vivos.

Em 1995, os seguidores da seita Ordem do Templo Solar morreram em um ritual de assassinato consentido seguido de suicídios.

Pastor Jim Jones leva 900 à morte em 78 

Publicado em 28/03/97 no Jornal Folha de São Paulo
O caso mais famoso de suicídio coletivo associado ao fanatismo religioso foi o do pastor americano Jim Jones e sua seita, o Templo do Povo. Mais de 900 pessoas morreram ao ingerir uma mistura de suco de laranja com cianureto, na noite de 18 de novembro de 1978, em Jonestown, uma aldeia no meio da selva na Guiana. Os que se recusaram a beber veneno foram assassinados.
Jim Jones, que vivera oito meses em Belo Horizonte, entre 1962 e 1963, mudou-se com seus adeptos para a Guiana em 1977, com a aprovação do governo local, depois das primeiras denúncias contra a seita por ex-adeptos.
Em agosto de 1977, a imprensa americana documentou o crescente uso da violência por Jones para ser obedecido. O cadáver de Jim Jones foi encontrado ao pé de uma cadeira, com uma bala no crânio.
''Não estamos cometendo suicídio. Este é um ato revolucionário. Não podemos recuar porque eles não nos deixarão em paz. Bebam o suco e sejam gentis com as crianças'', disse Jones aos seus 913 seguidores, entre eles 275 crianças e 12 bebês.
Outro caso desse tipo ocorreu em setembro de 1985 nas Filipinas. A ''sacerdotisa suprema'' Mangayonon Butaog matou seus fiéis com formicida com a promessa de que todos veriam a ''a imagem de Deus''.
Com argumentos semelhantes, a ''mãe benevolente'', como era conhecida a sul-coreana Park Soon Ja, realizou um ritual em que morreram 28 mulheres e quatro homens no dia 29 de agosto de 1987, em Yongin, Coréia do Sul.
Em 19 de abril de 1993, um cerco policial de 51 dias ao grupo de seguidores da seita Ramo Davidiano, em Waco, Texas, sul dos EUA, terminou com um incêndio que destruiu o Rancho do Apocalipse, sede do culto liderado por David Koresh. Pelo menos 70 fiéis morreram carbonizados.
No ano seguinte, a seita Ordem do Templo Solar, fundada pelo médico suíço Luc Jouret, levou 48 pessoas à morte no mesmo dia: 23 em uma fazenda em Cheiry, no Cantão de Friburgo, e 25 em dois chalés em Granger-sur-Salvan, no Cantão do Valais, a 160 km de distância. A seita pregava a iminência do apocalipse com a entrada da humanidade na era de Aquário.

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